DOUTORADO


Cidade de Deus: a construção imagética da favela


Tese apresentada à Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo, pelo programa de Meios e Processos Audiovisuais, orientada pela Profª Drª Esther Império Hamburger. São Paulo, 2016.
A tese discute os mecanismos de seleção e apropriação dos espaços da cidade e a subsequente construção imagética da favela em Cidade de Deus. A partir da análise da narrativa visual da favela fílmica, o trabalho propõe a denominação da direção de arte realizada como invisível. Tal termo expressa o conceito de um cinema que tem na arte um critério importante de verossimilhança que, por fim, leva o espectador a crer que não houve manipulação do espaço filmado. A proposição da nomenclatura direção de arte invisível ampara-se no entendimento do conceito estético de Cidade de Deus e em uma incursão no modus operandi dos enunciados da arte que se articulam na construção das imagens: cenografia, produção de objetos, figurino e maquiagem. A fim de um maior entendimento formal da favela carioca, Rio, 40 graus e 5x Favela se juntam à análise. Dessa forma, o trabalho faz uma leitura de filmes nos quais a cidade é também um dos personagens. Se Rio, 40 graus e 5x Favela tomam emprestado determinados ícones urbanos e geográficos para estruturar seus roteiros, é através de Cidade de Deus que vamos buscar articular o paradoxo em torno de uma direção de arte que se efetiva ao se fazer invisível.

MESTRADO


Design e narrativa visual na linguagem cinematográfica

Dissertação apresentada à Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, área de concentração: Design e Arquitetura, sob a orientação do Prof. Dr. Carlos Zibel Costa. São Paulo, 2009.
A dissertação localiza as origens do cinema e do design no contexto do projeto da modernidade e busca entender o papel que o artista moderno deve desempenhar neste fluxo de transformações e ambiguidades que teve início no século XIX. Assim, procura traçar como as novas formas de representação, consumo e entretenimento convergiram para o discurso visual da linguagem cinematográfica. Faz algumas considerações a respeito de recursos técnicos do cinema, a fim de tornar mais clara a discussão sobre narrativa visual. No texto dedicado às origens do design, localiza a fundação da Bauhaus no contexto da redefinição do papel do pensamento artístico e do artesanato em face da produção mecânica seriada. Propõe a Bauhaus como ponto de convergência da formulação teórica, da aplicação prática e do ato criativo que levariamao desenvolvimento do design no século XX. Explicita a mudança da idéia de desenho como meio gráfico pelo qual se abstrai a forma, para desenho no sentido ativo de projeto: intuição de relações construtivas ou espaciais dentro da matéria. A partir deste estudo, realiza uma investigação dos aspectos imagéticos e projetuais nas concepções fílmicas do production designer Alex McDowell, assim como a descrição e a análise de quatro filmes desenhados por ele: Invasão de Domicílio, O Terminal, Minority Report e A Fantástica Fábrica de Chocolate. A apresentação desses filmes não segue uma ordem cronológica, sendo, sim, orientada por critérios estéticos e narrativos. A linha traçada parte da representação da realidade contemporânea de Invasão de Domicílio; passa pela experiência de O Terminal – no qual parte de um aeroporto foi construída em estúdio –; é quebrada pela ficção científica Minority Report; até chegar ao cinema de fantasia de A Fantástica Fábrica de Chocolate.

LIVRO


Design e Linguagem Cinematográfica: Narrativa Visual e Projeto

Publicado pela Editora Blucher, em 2012, dentro da Coleção Pensando o Design. O volume localiza as origens comuns do cinema e do design no contexto do projeto da modernidade. Assim, procura traçar como as novas formas de representação, consumo e entretenimento do início do século XX convergiram para o discurso visual da linguagem cinematográfica contemporânea. Nesse percurso, explicita a mudança da ideia de desenho como meio gráfico pelo qual se abstrai a forma, para desenho no sentido ativo de projeto. A partir deste estudo, realiza uma investigação dos aspectos imagéticos e projetuais na cinematografia do production designer Alex McDowell, assim como a análise de quatro filmes desenhados por ele: Invasão de Domicílio, O Terminal, Minority Report e A Fantástica Fábrica de Chocolate.
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